"Mas enquanto ela não chega, vou pingar
um ponto final, fechar o caderno, a porta do quarto, chamar o elevador, descer
e ficar caminhando horas pelas ruas, ou então me enfiar dentro de um cinema,
sem sequer olhar os cartazes ou o nome do filme. Quero
ver outras pessoas, outros corpos, outras caras, mesmo que sejam inexpressivos,
desconhecidos. Eu também serei inexpressivo e desconhecido para
elas, e nesse desconhecimento e nessa inexpressividade mergulharemos todos
juntos num filme qualquer, de mãos dadas no escuro, como um bando de meninos
dançando a cirandinha."
(Caio
F.)
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