Tudo é tão pouco...
Vivo com essa sensação de abandono, de falta, de pouco, de metade. Mas
nada disso é novidade. Antes dele, teve o outro, o outro que continua indo
embora para sempre porque nunca foi embora pra sempre. Eu não sei deixar
ninguém partir, eu não sei escolher, excluir, deletar. São as pessoas que
resolvem me deixar, melhor assim, adoro não ser responsável por absolutamente
nada, odeio o peso que uma despedida eterna causa em mim. Nada é eterno, não
quero brincar de Deus.
Tati Bernardi
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