"Você me provoca, você me pertuba. Joga
água e sai correndo. Atira a pedra e me acerta de raspão. Me espia no escuro e
mostra a língua. Me xinga. Me atiça. Invade o meu sossego. Meu refúgio. Pisa no
meu ninho com os sapatos sujos. Na minha toca. Sem saber o meu tamanho, até
onde vai meu bote, você me provoca achando que não há perigo. Sem conhecer a
força da minha mordida, o tamanho dos caninos. Você me provoca sem esperar a
picada. Sem saber que ainda não inventaram antídoto pro meu
tipo de veneno..."
(Caio
F.)
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